lunes, 16 de abril de 2007
AGUAS DE MARÇO
pau, pedrao
fim do caminho.
um resto de tocoum
pouco sozinho.
um caco de vidroa vida,o sol.
a noite,a morteo
laço do anzol.
peroba do campoo
nó da madeira.
Canga, candeiauma Tita Pereira.
madeira de vento
barro da ribanceira.
um mistério profundoo
queira ou não queira.
o vento ventandoo
fim da ladeira.
a vidao vãofesta
da cumeeira.
a chuva chovendo
conversa ribeira.
Das águas de Marçoo
fim da canseira.
o pé,o chãoa
marcha estradeira.
Passarinho na mão
pedra de atiradeira.
uma ave no céuuma
ave no chão.
um regato,
uma fonte
um pedaço de pão.
o fundo do poço
o fim do caminho.
No rosto, o desgosto
um pouco sozinho.
um estrepe,
um pregouma ponta,
um ponto.
um pingo ping
andouma cor,
um conto.
um peixe,
um gestouma
pata brilhando.
a luz da manhão
tijolo chegando.
a lenha,
o diao fim da picada.
garrafa de canaestilhaço
na estrada.
o projeto da casao
corpo na cama.
o carro enguiçado
a lama,a lama.
um passo,
uma ponteum sapo,
uma rã.
um resto de matona luz
da manhã.
(REFRÃO)
São as águas de março fechando
o verãopromessa de vida
no teu coraçãouma cobra,
um pauJoão,Jose.
um espinho na mãoum corte no .
(REFRÃO)
pau, pedrao fim do caminho.
um resto de toco
um pouco sozinho.
um passo,
uma ponteum sapo,
uma rã.
um belo horizonteuma febre terçã.
(REFRÃO)
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